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Durante a edição de 2023 do GEduc, foi realizada a entrega dos prêmios do PNGE, que contou com a presença de ilustres instituições de ensino. Confira a seguir um pouco mais sobre os ganhadores do ensino básico e seus respectivos trabalhos na modalidade “Gestão Administrativa”.

 

O grande ganhador dessa categoria foi o Colégio Farroupilha, com o trabalho “LGPD na Educação — Zelo com os Dados Pessoais da Comunidade Escolar”.

 

1. PRÁTICA EFICAZ DE GESTÃO EDUCACIONAL

 

1.1. Histórico da Prática Eficaz O Colégio Farroupilha é uma das instituições de educação básica de maior tradição do Rio Grande do Sul. Foi fundado há 136 anos pela Associação Beneficente e Educacional de 1858 – ABE 1858 (originalmente chamada Associação Beneficente Alemã), uma entidade criada para auxiliar os imigrantes alemães e seus descendentes que estavam chegando ao Sul do Brasil. A Lei Geral de Proteção de Dados Pessoais (LGPD), lei nº 13.709, foi aprovada em 2018 e entrou em vigência em 18 de setembro de 2020, simbolizando um marco histórico para todo o país. Ela trouxe significativas mudanças para as organizações, que precisaram rever a forma como armazenam e disponibilizam informações de usuários. Considerando as instituições de Educação Básica, é importante salientar que o tempo de permanência escolar dura, em média, 14 anos ou mais. Logo, nessas organizações, os dados pessoais de uma mesma pessoa são tratados por um longo período de tempo. Por isso, ainda em 2019, o Colégio Farroupilha constituiu um Grupo de Trabalho (GT) multidisciplinar - formado por profissionais das áreas Jurídica, de Controladoria e de Tecnologia - que elaborou o Projeto de Adequação à LGPD da instituição. O GT, além de elaborar o Projeto de Adequação à LGPD, realizou diferentes ações, como formações internas para os gestores, cursos externos de capacitação, visita a fornecedores, produção de materiais informativos internos, definição do encarregado de Proteção de Dados Pessoais e evolução do projeto de adequação para um processo institucional. O projeto de adequação à LGPD no Colégio Farroupilha teve início em julho de 2019 e, em janeiro de 2022, consolidou-se enquanto um processo institucional. Já em fevereiro de 2022, o processo deu origem a um SGPD - Sistema de Gestão de Proteção de Dados.

 

1.2. Objetivos da Prática Eficaz

 

 O objetivo geral do projeto de adequação à LGPD é cumprir a legislação e fomentar a cultura do cuidado em relação ao tratamento de dados pessoais.

 

Objetivos específicos:

 

● Definir um programa de capacitação e conscientização para os educadores sobre a proteção de dados pessoais e privacidade;

● Definir o encarregado de proteção de dados pessoais e um canal de contato;

● Concretizar um processo de gerenciamento de riscos para a privacidade e proteção de dados pessoais;

● Conscientizar e sensibilizar a comunidade escolar sobre a importância da proteção dos dados pessoais;

● Implementar um programa de auditoria e capacitações junto aos fornecedores.

 

1.3. Público-Alvo Atingido

 

Os principais públicos de interesse envolvidos no Projeto de Adequação à LGPD são os estudantes, os educadores, as famílias do Colégio Farroupilha, os fornecedores e os ex-alunos.

 

1.4. Descrição das Atividades Implantadas

 

Para a realização do projeto de adequação, enquanto estratégias e plano de ação, optou-se por adotar a metodologia proposta pelo PMBOK (Project Management Body of Knowledge), guia que apresenta um conjunto de melhores práticas na gestão de projetos, organizado pelo PMI (Project Management Institute).

 

1.4.1 Metodologia de aplicação e execução do projeto

 

Com a condução do projeto realizada de acordo com as práticas do gerenciamento de projetos a partir do PMBOK, foram elencados os seguintes processos:

 

● INICIAÇÃO: identificação da relação com o planejamento estratégico, apoio da alta direção e envolvimento das partes interessadas.

● PLANEJAMENTO: agendamentos de reuniões com os envolvidos, entrevistas de diagnósticos, avaliação de riscos, levantamento do inventário de dados, apontamentos de melhorias nos processos e análise sobre os investimentos necessários.

● EXECUÇÃO: início da organização das agendas, preparação da comunicação com os envolvidos no projeto e definição da metodologia de trabalho.

● MONITORAMENTO E CONTROLE: identificação dos processos necessários para acompanhar, analisar e organizar o progresso e o desempenho do projeto.

● ENCERRAMENTO: formalização da entrega do projeto para a alta direção, reunião de encerramento do projeto com os resultados obtidos e apontamentos de melhorias nas áreas de negócios adequadas à LGPD.

 

1.4.2 Projeto de Adequação

Com a realização do projeto de adequação a partir das Boas Práticas do Gerenciamento de Projetos disponíveis no PMBOK, buscou-se, enquanto premissa principal, o alinhamento com os eixos do Planejamento Estratégico da instituição. Na primeira etapa, foram mapeadas três áreas de negócios com potencial risco, pelo armazenamento de dados sensíveis, e de relacionamento estratégico para a instituição. A proposta de trabalho foi, então, apresentada para a Direção e, após a sua aprovação, o projeto e os principais conceitos da LGPD foram apresentados aos demais gestores. No artigo 50 da Lei Geral de Proteção de Dados Pessoais, é definido que: “Os controladores e operadores, no âmbito de suas competências, pelo tratamento de dados pessoais, individualmente ou por meio de associações, poderão formular regras de boas práticas e de governança que estabeleçam as condições de organização, o regime de funcionamento, os procedimentos, incluindo reclamações e petições de titulares, as normas de segurança, os padrões técnicos, as obrigações específicas para os diversos envolvidos no tratamento, as ações educativas, os mecanismos internos de supervisão e de mitigação de riscos e outros aspectos relacionados ao tratamento de dados pessoais”. Nas regras de boas práticas, citamos como principais normas: - ISO/IEC 27001: padrão para sistema de gestão da segurança da informação; - ISO/IEC 27002: código de prática para controles de segurança; - ISO/IEC 27005: gerenciamento de risco de segurança da informação; - ISO/IEC 27701: fornece diretrizes para o estabelecimento, implementação, manutenção e melhoria contínua de um sistema de Gestão de Privacidade da Informação. Na primeira etapa, foram mapeadas três áreas de negócios com potencial risco, pelo armazenamento de dados sensíveis, e de relacionamento estratégico para a instituição. A proposta de trabalho foi, então, apresentada para a Direção e, após a sua aprovação, o projeto e os principais conceitos da LGPD foram apresentados aos demais gestores. Após este momento de apresentação, foram realizadas as seguintes ações com cada uma das áreas selecionadas:

 

1) MAPEAMENTO DOS PROCESSOS

Entrevista com as lideranças das áreas escolhidas, com a finalidade de identificar os processos de tratamento de dados e as possíveis não conformidades com a LGPD. Essa etapa englobou dados importantes, como os impactos e riscos de cada procedimento, perfil dos proprietários dos dados trabalhados, além do mapeamento sobre o compartilhamento das informações;

 

2) PRIORIZAÇÃO Entre os processos identificados, aqueles que apresentaram maior risco foram priorizados para a adequação. Para isso, foram utilizadas as boas práticas orientadas pela ISO/IEC 27005 (Gerenciamento de Risco de Segurança da Informação) e ISO/IEC 31000 (Gestão de Riscos), além do próprio texto base da LGPD;

 

3) INVENTÁRIO Para a construção do inventário, foi realizado o registro das operações de tratamento dos dados pessoais realizados pela instituição. Essa fase foi bem criteriosa, composta pela organização das informações específicas sobre a finalidade do compartilhamento dos dados pessoais da comunidade escolar, além do mapeamento dos seus locais de armazenamento, entre outras questões;

 

4) MAPEAMENTO DAS NÃO CONFORMIDADES Nesta etapa, profissionais do Jurídico, da Tecnologia da Informação e da Controladoria auxiliaram na detecção das fragilidades, já propondo, por meio de um plano de ação com datas e prazos estabelecidos, soluções para as situações encontradas. Além do mapeamento de tratamento de dados pessoais, em 2019, o GT também realizou as seguintes ações:

 

● Capacitações internas com gestores sobre a Lei Geral de Proteção de Dados;

● Cursos externos para capacitar os membros do GT;

● Visita aos Fornecedores para avaliar o grau de adequação à nova legislação;

● Comunicação interna, referente à nova legislação, para todos os educadores do Colégio Farroupilha;

● Definição do Encarregado de Proteção de Dados Pessoais, conforme exigido por lei;

● Evolução do projeto de adequação para um processo institucional.

 

1.4.3 Evolução do projeto

Após a conclusão do projeto, ainda em dezembro de 2019, com a apresentação dos resultados para as Direções Administrativa e Pedagógica do Colégio Farroupilha, a adequação tornou-se parte dos processos desenvolvidos na instituição. Em janeiro de 2020, foi criado o cargo de Encarregado de Proteção de Dados Pessoais (DPO), conforme o artigo 41 da LGPD. Além disso, foi definido um centro de custo - permitindo a gestão de recursos financeiros para o processo de adequação.

 

1.4.4 Processos de adequação no Colégio Farroupilha

Com a transformação do projeto em processo, a escola iniciou uma nova fase de adequação, que teve como alicerce os dez processos fundamentais: 1. Áreas de Risco: são todos os setores internos da escola que trabalham com dados pessoais.

 

2. Capacitações: programa de conscientização de educadores.

 

3. Compliance: trabalho em conjunto com a área de Controladoria da instituição.

 

4. Conhecimento: aprendizagem constante por parte do Encarregado de Dados Pessoais.

 

5. Famílias: contato direto e transparente sobre o tratamento de dados pessoais da comunidade escolar.

 

6. Gestão de Incidentes: planos de respostas a riscos de privacidade de dados pessoais.

 

7. Documentação de Segurança: políticas, normas internas da instituição, normas ISOs e outros frameworks de segurança da informação e proteção dos dados pessoais.

 

8. Legislação: análise das legislações envolvidas na privacidade e proteção dos dados pessoais.

 

9. Fornecedores: contratos, auditorias e capacitações relacionados aos fornecedores da escola.

 

10. Ferramentas: investimentos em tecnologias para facilitar o trabalho e mitigar os riscos em relação ao vazamento de dados pessoais.

 

1.4.5 Sistema de Gestão de Proteção de Dados

 

Em janeiro de 2022, após dois anos trabalhando com os dez pilares da adequação à proteção de dados e privacidade, o Colégio Farroupilha empreendeu um novo avanço nos processos de sustentação à LGPD, com a implantação de um Sistema de Gestão de Proteção de Dados - SGPD. O SGPD é um conjunto de boas práticas (framework), que tem como objetivo servir como modelo prático para adequação das empresas ao Regulamento Geral de Proteção de Dados – Europeu - GDPR, mas também aplicável à LGPD para o tratamento dos dados pessoais. O SGPD é composto por cinco etapas que se relacionam.

 

Acesse o case completo da instituição em nosso site: https://www.humus.com.br/_files/ugd/75e9ae_19f49f56ed51433ca58858c5ce9e13f8.pdf

O destaque e vencedor da medalha de prata nesta categoria foi o Colégio Dom Bosco, com o trabalho “A Jornada Digital: Capacitação, Matrícula e Fidelização de Alunos”. Confira a seguir:

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1.1. Histórico da Prática Eficaz — descrever como surgiu o programa/prática e indicar a data de início das ações.

 

O Colégio Dom Bosco sempre teve como característica, além do foco em resultados e de trabalhar com parceiros com esse alinhamento estratégico, investir em inovação e tecnologia. O desafio foi trazer essa visão para o Marketing e o Comercial com implementação de ferramentas tecnológicas, com a potencialização das ações de Marketing Digital, eficiência na gestão de tráfego, análise e ajustes no desempenho das campanhas. A ação foi lançada no início da pandemia da covid-19, em 2020.

 

1.2. Objetivos da Prática Eficaz

 

O projeto visa chances concretas de sermos mais assertivos e obtermos resultados cada vez melhores. Potencializar a captação de leads, estabelecer relacionamentos por meio do funil de vendas, ampliando o número de matrículas da instituição e não perdendo de vista a fidelização dos alunos já matriculados. Utilizando a tecnologia como aliada, desde a captação até a matrícula de forma digital. Com o CRM, conseguimos captar e fidelizar alunos mais facilmente, de forma integrada e rápida.

 

1.3. Público-Alvo Atingido – indicar se incluem clientes, fornecedores, funcionários, docentes, terceirizados, comunidade etc.

 

Na elaboração do Planejamento Estratégico, criamos iniciativas para envolver toda comunidade escolar, alinhando a missão, visão e valores da instituição e engajando a todos para atuarem em consonância com a nossa cultura. Em média, foram diretamente impactadas pelo projeto: Alunos e familiares - 6.000 Colaboradores - 350 Prospects - 4.500

 

1.4. Descrição das Atividades Implantadas. O Projeto contemplou as seguintes atividades/etapas:

 

1. Pesquisas e estudos sobre as ferramentas de CRM disponíveis no mercado

2. Demonstração das ferramentas

3. Negociação com fornecedores

4. Seleção da plataforma de CRM de acordo com os objetivos estratégicos do Colégio

5. Envolvimento e engajamento dos stakeholders

6. Mapeamento dos processos e definição dos indicadores de resultados

7. Configuração e parametrização da ferramenta

8. Estruturação das etapas do funil de vendas

9. Elaboração do cronograma de implantação

10. Treinamento e capacitação da equipe

11. Implantação da ferramenta e adoção de novos processos

12. Análise e acompanhamento de resultados

13. Relatório de indicadores de campanhas de captação de alunos

14. Gestão dos atendimentos

15. Conversão de negócios em matrículas efetivas para o Colégio

 

Não deixe de acessar nosso site e conhecer o case completo: https://www.humus.com.br/_files/ugd/75e9ae_989057d4057f49d9a05ad08ca71e4c1d.pdf

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Como muitos sabem, o Colégio Farroupilha foi um dos grandes vencedores do PNGE, com isso, levou para casa também, a categoria bronze, com o projeto “Inteligência Coletiva”.

 

1. PRÁTICA EFICAZ DE GESTÃO EDUCACIONAL

 

1.1. Histórico da Prática Eficaz

 

O Colégio Farroupilha foi fundado há 136 anos pela Associação Beneficente e Educacional de 1858 – ABE 1858 (originalmente chamada Associação Beneficente Alemã), uma entidade criada para auxiliar os imigrantes alemães e seus descendentes que estavam chegando ao Sul do Brasil. Em consonância com o perfil empreendedor da instituição, em 2013, a gestão escolar fomentou a busca por ferramentas a fim de instigar a importância do professor enquanto agente de mudança. A partir desse desafio, foi criado o evento Inteligência Coletiva.

 

1.2. Objetivos da Prática Eficaz

 

O objetivo geral do Inteligência Coletiva, desde a sua criação em 2013, é fomentar o poder transformador da educação, além de potencializar o desenvolvimento dos professores e a sua motivação diante do contexto contemporâneo.

 

Objetivos específicos:

● Promover eventos, de forma gratuita ou com valores acessíveis, trazendo educadores das redes pública e privada para debater a educação do século XXI e os seus desafios;

● Divulgar os resultados das atividades realizadas e pesquisas feitas para inspirar diretores e gestores de escolas públicas e privadas a repensarem o papel do professor em sala de aula;

● Gerar experiências impactantes na vida dos educadores, colocando-os como protagonistas das melhorias desejadas.

 

1.3. Público Alvo Atingido

 

Professores e demais educadores (auxiliares, assessores, coordenadores) do Colégio Farroupilha, bem como profissionais de outras escolas de Porto Alegre e região. Também foram envolvidas instituições de ensino públicas, bem como as Secretarias de Educação Municipal e Estadual.

 

1.4. Descrição das Atividades Implantadas

 

1.4.1 A primeira edição

 

A primeira edição do Inteligência Coletiva aconteceu em 2013, com o intuito de unir os profissionais da educação para momentos de troca e reflexão. Na ocasião, o PH.d em Educação Luciano Meira conduziu a palestra principal. Além disso, outros profissionais foram convidados para realizar relatos de boas práticas. Desde o princípio, o Colégio Farroupilha abriu as portas para a participação de outras escolas, tanto públicas quanto privadas. Acesse aqui um vídeo explicativo sobre a iniciativa

 

1.4.2 Pesquisa sobre a educação do Século XXI

 

Durante a primeira edição do Inteligência Coletiva, foi realizado o workshop “O que significa ser professor na atualidade”, onde foram realizadas dinâmicas de grupo, por nível de ensino, conduzidas pela equipe da Reali Hub for Innovation. “A atividade nos deu confiança e coragem para quebrar paradigmas e fazer diferente na educação”, conta Natália Gasparini, professora de língua adicional e estudante de letras da UFRGS. O resultado do encontro foi a pesquisa “As vozes da educação”, onde é possível encontrar diferentes percepções sobre a educação do século XXI. Essas informações foram publicadas, na época, em um hotsite, que podia ser acessado por qualquer pessoa, em qualquer lugar do mundo. Afinal, para que um novo modelo de educação surja, os saberes e descobertas devem ser discutidos e compartilhados. Acesse aqui o resultado completo da pesquisa O resultado da pesquisa fomentou a criação da Escola de Professores Inquietos, que passou a promover as edições posteriores do Inteligência Coletiva. O formato seguiu na mesma lógica, envolvendo palestras, relatos de experiências e workshops. Os eventos foram planejados pelos profissionais do Colégio Farroupilha e contaram com a participação de educadores de outras instituições.

 

1.4.3 A Escola de Professores Inquietos

 

Os movimentos transformadores ganham força quando não acontecem de forma isolada. É preciso criar uma rede que possibilita novas experiências, trocas e múltiplos olhares. A iniciativa oferece cursos livres, workshops e palestras para educadores das redes pública e privada. As atividades, que são ofertadas de forma gratuita ou com valores acessíveis aos docentes, têm foco em fomentar o poder transformador da educação. Entre as motivações que impulsionaram a formação da Escola de Professores Inquietos, está o perfil inovador do Colégio Farroupilha. No decorrer dos anos, alguns eventos históricos marcaram o pioneirismo como parte da identidade da instituição. O Colégio foi o primeiro a implantar o Jardim de Infância no Rio Grande do Sul, na década de 20, foi o primeiro a trabalhar o ecumenismo nas aulas de religião e, em 1929, foram unidas a Escola de Meninas e a Escola de Meninos, outra inovação para a época. Nos anos 1970, o Farroupilha foi pioneiro na criação de laboratórios como espaços de estudo e pesquisa e, já no século XXI, foi uma das primeiras escolas do Brasil a estabelecer parceria com a Universidade de Cambridge, qualificando o ensino da língua inglesa aos estudantes. Após a sua criação, as edições posteriores do Inteligência Coletiva passaram a ser promovidas via Escola de Professores Inquietos, que tem como base uma proposta pedagógica alicerçada na premissa de que os educadores, bem como os seus próprios estudantes, aprendem ao longo da vida – na esteira dos fundamentos do lifelong learning. Além disso, entende-se que as aprendizagens ocorrem por meio das experiências e conexões que são estabelecidas em diferentes espaços e situações.

 

1.4.4 Histórico do Inteligência Coletiva

 

O Inteligência Coletiva é uma entrega consolidada da Escola de Professores Inquietos. Ainda em 2013, ano em que o projeto foi implementado, a Pesquisa Internacional sobre Ensino e Aprendizagem, coordenada pela Organização para Cooperação e Desenvolvimento Econômico (OCDE), nos mostrava que 24% dos professores afirmavam não ter recebido formação específica para a docência. Além disso, 40% diziam não ter treinamento para lidar com problemas práticos da sala de aula. A primeira edição do Inteligência Coletiva, que aconteceu em 2013, consolidou a iniciativa que ofertava a todos palestras, workshops e relatos de experiências. Ao longo de suas edições, diversos nomes participaram e ajudaram a transformar professores em protagonistas das melhorias desejadas.

 

1.4.5 Edição Comemorativa

 

Em 2022, o Inteligência chegou à sua décima edição. Diante do desafio de planejar o evento que comemoraria esse marco, uma inquietação surgiu entre o Grupo de Trabalho: como envolver, desde a concepção do evento, diferentes instituições? Assim, aproveitando o movimento "Porto Alegre: Cidade Educadora", lançado no primeiro trimestre deste ano para toda a cidade, o Colégio Farroupilha convidou algumas das escolas parceiras da iniciativa para co-criarem o evento: Colégio Marista Rosário, Colégio Monteiro Lobato, Escola Giordano Bruno e EMEB Dr. Liberato Salzano Vieira da Cunha. No primeiro encontro, por meio de uma dinâmica de World Café1 , aconteceu um momento reflexão sobre alguns assuntos, que foram considerados prioritários: - GRUPO I: o que você gostaria de vivenciar em um evento sobre educação? - GRUPO II: diante das grandes mudanças ocorridas em virtude da pandemia, o que é necessário para dar conta do desafio de ser professor? - GRUPO III: em um evento, qual temática você acredita que contribuiria para fomentar o poder transformador da educação? - GRUPO IV: que fatores contribuiriam para que os profissionais participassem do evento? A partir do resultado das trocas entre os profissionais das diferentes escolas, chegou-se à temática Conectando sentidos: ser professor em contextos de transformação para a 10ª edição do Inteligência Coletiva. O evento aconteceu nos dias 24 e 27 de agosto, no Colégio Farroupilha, e reuniu educadores e pesquisadores de instituições públicas e privadas para discutir o tema. Na noite de quarta-feira, 24, aconteceu a conferência de abertura. Já na manhã de sábado, 27, foram realizados workshops e relatos de práticas, ministrados por educadores das cinco escolas parceiras na realização do evento, além do painel de encerramento com ex-alunos e suas trajetórias inspiradoras.

 

Conheça o case completo em nosso site:
https://www.humus.com.br/_files/ugd/75e9ae_b68b072e361a441a98731a7ee4f026fe.pdf

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