Conheça os ganhadores do ensino básico na modalidade Inovação Acadêmica”
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Educação e Informação

Conheça os ganhadores do ensino básico na modalidade Inovação Acadêmica”





Durante a edição de 2023 do GEduc, foi realizada a entrega dos prêmios do PNGE, que contou com a presença de ilustres instituições de ensino.


O grande vencedor da categoria Inovação Acadêmica foi o CEI - Centro Universitário Integrado, com o projeto “Vertical do Agro”, confira o case completo.



1. PRÁTICA EFICAZ DE GESTÃO EDUCACIONAL.


1.1. Histórico da Prática Eficaz


O Centro Universitário Integrado possui como valores a Inovação, Responsabilidade Social e Ambiental e o Desenvolvimento de Pessoas. Tem destaque desde sua fundação há 36 anos, em contribuir para o desenvolvimento regional por meio da educação e aperfeiçoamento pessoal e profissional. Em virtude da vocação regional da cidade de Campo Mourão, no Paraná, que é sede da instituição, o curso de Agronomia é um dos principais fornecedores de capital intelectual. Isso ocorre, principalmente pelo alto investimento em laboratórios, inovações e por ter sido o primeiro curso noturno do Brasil em Agronomia. A demanda regional para este tipo de formação é enorme. A cidade de Campo Mourão é uma das principais regiões do agronegócio brasileiro, é parte integrante do Polo Brasileiro de Alimentos, possui mais de 60 startups, é top-250 entre os municípios do mapa de consumo nacional, está em um dos principais entroncamentos rodoviários do país e sede de uma das maiores cooperativas do mundo. Dessa maneira, é possível entender que há um ambiente muito propício para a continuidade de um curso de referência e que continue contribuindo para o desenvolvimento do agronegócio. Desde 2014, o curso de Agronomia do Centro Universitário Integrado tem se preocupado ainda mais em dinamizar sua estrutura curricular e assim, atender à demanda por profissionais mais digitais, criativos, inovadores e que entendam de mercado. Desde então estão estruturados uma área de 100 hectares, com casas de vegetação climatizadas, sistema de irrigação, galpão para abrigo das máquinas e implementos, sistema integração lavoura-pecuária e áreas demonstrativas para dias de campo. Algumas práticas foram adotadas em parceria com outras organizações. Por exemplo, a partir de 2014, o curso promove pesquisa e inovação por meio da empresa Integrado Genética. Isso oportuniza aos alunos a possibilidade de atuar como estagiários, colaboradores ou mesmo pesquisadores no que há de mais avançado em pesquisa de melhoramento genético da soja. O resultado dessa iniciativa são 4 cultivares já comercializados e patenteados. Para isso, houve um investimento de mais de R$40.000.000,00 para o projeto. A partir de 2015, o curso passou a promover a estruturação de várias iniciativas e oportunidades junto às empresas de pesquisa do Agronegócio. Desde então, essas empresas financiam vários projetos de pesquisa por meio de bolsas a alunos e professores. Empresas como Ipê Agropecuária, Fornarolli Ciência Agrícola, DigiFarmz, Instituto Phytus, Tecfield, Maria Macia e órgãos governamentais como o Instituto de Desenvolvimento Rural do Paraná são alguns dos parceiros para essas iniciativas. O ano de 2016 marca a reestruturação de um evento bastante tradicional na região que é a Mostra Agronômica que se fortalece com a entrada do IDR-PR. Em 2018, foi iniciada uma parceria com a empresa Elevagro para melhorar a oferta de cursos de pós-graduação. Esta é a maior empresa de conteúdos sobre o Agro no Brasil e em conjunto são ofertados o curso Master em Solo, Fertilidade e Nutrição de Plantas e o curso Master em Tecnologia Agrícola – Soja. O ano de 2019 marca parcerias pensadas na empregabilidade do aluno. Ações diretamente voltadas para atender a demanda por profissionais das cooperativas paranaenses foram criadas não somente com a preocupação da empregabilidade, mas também em prover às empresas potenciais líderes. Assim, os programas foram estruturados em termos do processo seletivo, capacitação de acordo com a vaga, rendimento e conexão com mercado. A partir de 2020, foi criado o Instituto IN2 – Instituto de Ciência e Tecnologia. Este tem por objetivo auxiliar as empresas a conseguirem se beneficiar da Lei do Bem e assim, impulsionar o desenvolvimento de pesquisa e inovação na região. Pelo instituto, somente em 2021, foram financiadas 50 bolsas em projetos pelo Instituto. O ano também marca a criação de uma startup – a Agroflux – por um ex-aluno do curso, que possui um valor de mercado atual de mais de R$28.000.000,00. Em 2021, por pensar em gerar uma jornada diferenciada em termos de Empreendedorismo e Inovação, foi criado o Celeiro do Agro, um concurso de inovação para alunos, em parceria com o Sebrae em que os alunos precisam entregar um MVP ao final da iniciativa. Diante de tal cenário, foi criada em 2022, a Vertical do Agro, ou seja, o primeiro ecossistema de educação e inovação para o Agronegócio do Brasil. Este ecossistema teve como primeira ação, rodadas com as maiores empresas do agronegócio mundial com objetivo de entender se os profissionais formados pelas universidades brasileiras correspondiam às necessidades do mercado. As respostas negativas dos maiores players indicaram que era necessário repensar toda a estrutura curricular e o formato do curso. Dessa maneira, uma equipe debruçou-se para pensar em um formato diferenciado e ao mesmo tempo, este foi validado em novas rodadas com as empresas. Além disso, a vertical procurou retomar e criar parcerias por apresentar propostas de trainee e estágio para as empresas. A partir de agosto deste ano, o Centro Universitário Integrado tornou-se a primeira instituição de ensino a tornar-se ecossystem partner do maior hub de inovação do Agronegócio da América Latina e um dos maiores do mundo. Isso permitiu a conexão com mais de 900 startups e com as maiores multinacionais do Agro. O esquema abaixo evidencia a evolução da prática desde 2014: Portanto, os esforços ao longo dos anos possibilitaram um passo maior em conseguir organizar as atividades e gerar diferenciais em relação à área da Agronomia. Neste sentido, era preciso, um próximo passo, por fazer com que as ações anteriormente realizadas culminassem em um movimento único direcionado e que corresponda às necessidades atuais do mercado que corresponde a quase 30% do PIB do país. 2014 •Dinamizar a estrutura curricular com disciplinas de empreendedorismo e inovação, bem como projetos integradores; •Modernização da estrutura de uma área de 100 hectares, com casas de vegetação climatizadas, sistema de irrigação, galpão para abrigo das máquinas e implementos, sistema integração lavoura-pecuária e áreas demonstrativas para dias de campo. •Parceria e criação do Integrado Genética com pesquisas avançadas em melhoramento genético da soja. 2015 •Vários projetos de pesquisa por meio de bolsas a alunos e professores. •Parceria com empresas e órgãos governamentais como Ipê Agropecuária, Fornarolli Ciência Agrícola, DigiFarmz, Instituto Phytus, Tecfield, Maria Macia e órgãos governamentais como o Instituto de Desenvolvimento Rural do Paraná. 2016 •4 cultivares comercializados e patenteados. •Reestruturação da Mostra da Agronomia com apoio do IDR 2018 •Parceria com a empresa Elevagro para melhorar a oferta de cursos de pós-graduação. •Ofertas dos cursos de Master em Solo, Fertilidade e Nutrição de Plantas e o curso Master em Tecnologia Agrícola – Soja. 2019 •Programas de Trainee e Estágio para as cooperativas. 2020 •Criação do IN2 - Instituto de Ciência e Tecnologia. •Financiamento de 50 bolsas de pesquisa e inovação para professores e alunos por meio de editais fomentados por empresas. 2021 •Criação do Celeiro do Agro - Desafio de Inovação - Parceria com o Sebrae. 2022 •Criação da Vertical do AGRO - primeiro ecossistema de educação e inovação do Agro. 1.2. Objetivos da Prática Eficaz. Os objetivos da prática são: Gerir a carreira do profissional do campo; Desenvolver ciência e tecnologia para o agronegócio; Formar profissionais capacitados por um ensino chancelado pelo mercado; Mediar o desenvolvimento e acesso às tecnologias. Os quatro objetivos destacados acima foram alcançados por meio de 3 eixos: educação, inovação e tecnologia. A figura 1 ilustra os objetivos da Vertical do Agro: Figura 1: Objetivos da Vertical do Agro 1.3. Público Alvo Atingido As pessoas impactadas pelas ações da Vertical do Agro incluem: 550 alunos do curso de Agronomia; 22 docentes do curso de Agronomia; 12 funcionários do Centro Universitário Integrado que atuaram no planejamento e execução de atividades; 40 alunos do Colégio Estadual Agrícola de Campo Mourão; 21 empresas conectadas à Vertical do Agro com programas de pesquisa, inovação, extensão, trainee e estágio; 3000 pessoas em programas de capacitação e recrutamento; 30 famílias que receberam bolsas pela participação dos alunos no Bootcamp; 12 empresas conectadas pelo Hub de RH. 1.4. Descrição das Atividades Implantadas. Foram implantadas as seguintes atividades, de acordo com a tabela 1: O que Por que Quem Como Reestruturação da Nova Agronomia Necessidade de adaptar formação às necessidades do mercado Equipe do Integrado e outras 30 empresas do Agronegócio Rodadas de Brainstorming e posterior validação Aquisição de Startup de Formação para Cooperativas Levar conhecimento especializado para um dos principais atores do ecossistema do Agronegócio: Cooperativas Coonectese Aquisição Conexão à Hub de Inovação Conexão com o maior hub de inovação da A.L. e mais de 900 startups e com as maiores empresas do mundo. AGTECH GARAGE Parceria Programas de Estágio Conectar os melhores perfis e gerenciar o processo de recrutamento e seleção em conjunto com empresas e cooperativas C.Vale Agrológica Cepacol Programas estruturados com RH das empresas Programas de Trainee Necessidade de retenção de colaboradores Maria Macia Cooperativa Agrológica Criação de programas com objetivo de melhorar a jornada do trainee com trilhas de conhecimento e programas de imersão e mentoria Bootcamp do Agro Antecipar a formação do profissional do agro Alunos do ensino médio de colégios técnicos agrícolas e empresas patrocinadoras como Trucker do Agro, Agrológica e Agroflux Capacitação de 100 horas com conteúdo técnico de agronegócio, soft skils, problemas reais e interação com empresas; Cursos Rápidos Cursos de formação livre como opção para qualquer tipo de pessoa Catalisa Cursos Plataforma online com possibilidade de criação de trilhas de aprendizagem na área Celeiro – Desafio de Inovação Proposta de melhorar a jornada do aluno Sebrae, alunos e professores do Integrado Desafio de inovação com proposta de entrega de um MVP Integrado Genética Fomentar oportunidades Alunos e professores Estabelecer pesquisa e financiamento IN2 Fomentar oportunidades Alunos, pesquisadores e professores Editais de financiamento de pesquisa e capacitação Conexão com players Compartilhar oportunidades no agronegócio pela vertical Empresas e a vertical do Agro Programas, cursos e pesquisas As atividades implantadas podem ser apresentadas a seguir: 1. Reestruturação da Nova Agronomia A nova agronomia foi pensada após muitas reuniões com os principais players do agronegócio no Brasil. O objetivo foi verificar se o profissional formado pelas universidades atende o perfil que o mercado deseja. As respostas foram as mesmas: “o profissional do Agro é muito bom tecnicamente, mas não possui características de um profissional digital e nem que conhece o mercado ou de negócios”. Essa informação foi bastante útil para pensar em uma estrutura que realmente forme o novo profissional do agro por completo. Assim, a nova agronomia pretende entregar um profissional com hard skils, soft skils e que entenda de negócios. Outro aspecto trabalhado foi a sequência das disciplinas. Baseando-se em outras experiências, foi pensado um curso modular, por competências, mas que tem um grande diferencial: cada ano tem um tema, que é dividido em módulos, em que cada módulo é composto por três disciplinas (duas disciplinas teóricas e uma disciplina de aplicação do conteúdo das outras componentes). Isso representa um avanço diferente do que se conhece, pois em geral, as disciplinas acontecem em sequência e em muitos casos a aplicação de um conhecimento vai se dar em muitos casos um ou dois anos depois do aluno estudar a base teórica (vê-se claramente isso em disciplinas como matemática, química e física). Além disso, a nova Agronomia ainda conta será multi, no sentido de que a cada módulo o aluno precisará resolver um case (Case On Farm) – uma situação real produzida por uma empresa parceira e com muita prática. Este case abordará aspectos técnicos, digitais e de negócio. Para ampliar a experiência do aluno, a cada módulo ele também terá contato com um Business on Farm ou um IT on Farm – que serão conteúdo produzidos em parceria com a empresa CUMBRE (startup de conteúdo do Agro que possui os maiores profissionais do agronegócio brasileiro). Adicionalmente, todos os módulos ainda trabalharão os atores do agronegócio como: Cooperativas, Órgãos de Pesquisa, Hubs de Inovação, Food Techs, etc. A figura 2 apresenta o conceito da matriz da Nova Agronomia, validada com as principais empresas do país como Bayer, Raízen, Nutrien, Agrogalaxi, Mantiqueira, Coamo, Bunge, BPBUNGE, Cerradinho, etc. Figura 2: Conceito da Matriz da Nova Agronomia com o exemplo do ano 1. 2. Aquisição de Startup de Formação para Cooperativas A aquisição da Coonectese se deu como uma forma de acelerar o desenvolvimento da Vertical do Agro. Trata-se de uma empresa com propósito de criar um mundo conectado por meio de pessoas e soluções. Seu foco é desenvolver cooperativas por meio de capacitações. Por meio dessa empresa, é possível conectar as dores das cooperativas à academia, no sentido de promover inovação por meio dos alunos e professores e ao mesmo tempo capacitar os seus colaboradores. A figura 3 apresenta o site da empresa pertencente a Vertical do Agro: Figura 3: Site da empresa Coonectese 3. Conexão à Hub de Inovação O Centro Universitário Integrado iniciou a parceria com o AgTech Garage, no dia 15 de agosto de 2022. Este é o principal hub de inovação aberta do agronegócio da América Latina e um dos maiores do mundo. O objetivo é criar um ecossistema inédito no Brasil, dentro da vertical do agro, para gerenciar a carreira do profissional do campo envolvendo as áreas educação, pesquisa e inovação. Em sua apresentação, o sócio-mantenedor do Grupo Integrado, Pedro Baer, relembrou o histórico da família no setor do agronegócio e destacou o potencial da região. “O agro está fortemente ligado à nossa história, foi a primeira área de atuação do Grupo, além disso os primeiros cursos do Centro Universitário Integrado estavam ligado ao agro. Nosso objetivo com a parceria com o Agtech e a criação da vertical é fortalecer esse ecossistema e transformar ainda mais a região com o que há de mais inovador na área. Estamos numa região propícia para isso, com muito potencial e que tem tudo para ser destaque nacional”. A figura 4 mostra a presença do CEO do AGETECH GARAGE. Figura 4. José Tomé, CEO e cofundador do AgTech Garage. “Para o AgTech Garage, ficou muito evidente que precisamos levar mais inovação para a educação, pois sem educação, a inovação não acontece. O Grupo Integrado foi visionário ao ser pioneiro e decidir ser parte do AgTech Garage. Estamos muito contentes e entusiasmados com o potencial de impacto que poderemos gerar juntos para um agro mais sustentável, inclusivo e competitivo.”, enfatiza José Tomé, CEO e cofundador do AgTech Garage. As iniciativas do AgTech Garage promovem a conexão entre grandes empresas, startups, produtores, investidores, academia – entre outros atores do ecossistema de inovação e empreendedorismo do agro – para desenvolver soluções tecnológicas que aumentem a sustentabilidade e competitividade do agronegócio brasileiro. Com cinco anos de existência, mais de 80 parceiros corporativos e mais de 1.050 startups conectadas à sua plataforma digital, o AgTech Garage atua com grandes nomes do setor e que já protagonizam diversas inovações no segmento. Entre eles estão a Bayer, Bunge, John Deere, Ceva, OCP Brasil, Sicredi e Suzano. Para os estudantes da graduação, a parceria formará agrônomos multidisciplinares e com visão crítica de todo ambiente em que estão inseridos. Além do conhecimento técnico, eles terão habilidades de comunicação, liderança, empreendedorismo, criatividade, pró atividade, trabalho em equipe, vão usar dados para gerar inovações no campo, entre outros diferenciais. “Queremos ser uma referência no ensino, pesquisa e tecnologia do agro em todo Brasil. Vemos que há muitas iniciativas de pesquisa, tecnologia e inovação do segmento, mas que ficam isoladas e demoram a se conectar ou gerar sinergia. Com essa parceria, vamos juntar essas pontas e proporcionar resultados mais ágeis”, enfatiza o vice-reitor do Centro Universitário Integrado, Jeferson Vinhas. A figura 5 apresenta o mantenedor e pró-reitor Pedro Henrique Montas Baer no lançamento da parceria. Figura 5: Mantenedor do Integrado no lançamento da Vertical 4. Programas de Estágio e de Trainee Foram desenvolvidos três programas em 2022 referente a estágios e trainees para empresas do agronegócio. Participaram em programas de estágio: Agrológica, Copacol e C.Vale. Neste programa, antes do processo de recrutamento e seleção, cerca de 40 alunos passaram por uma capacitação em tecnologia e técnicas importantes para as empresas. Esse programa envolveu módulos de pós-graduação da empresa Elevagro e posteriormente, acompanhamento dos professores e dos departamentos de RH das empresas citadas. O resultado foi que 10 alunos foram selecionados ao todo. Isso fez com que em uma das empresas, mais de 30% do quadro de funcionários seja de alunos e ex-alunos do Integrado. No programa de Trainee foi desenhada uma experiência diferenciada aos candidatos por meio de mentoria de um docente do Integrado, uma mentoria profissional da empresa Maria Macia, uma trilha de cursos na área e cursos de idioma. Além disso, foi promovida uma experiência “mochilão” em que o selecionado tem a oportunidade de conhecer filiais da empresa e fazendas de pecuária (de acordo com o negócio da cooperativa). 5. Bootcamp do Agro Essa foi a primeira iniciativa do tipo para o Agronegócio no Brasil. Na noite de terçafeira (29), o Centro Universitário Integrado realizou a entrega dos certificados de conclusão de curso aos alunos da primeira turma do Agrocamp, um treinamento imersivo desenvolvido com o objetivo de capacitar jovens para o setor do agronegócio. A iniciativa faz parte das ações da vertical do agro da instituição. No curso, os participantes, em sua maioria estudantes do Colégio Agrícola Estadual de Campo Mourão, puderam ver conteúdos relacionados aos sistemas produtivos na agropecuária e o uso de tecnologias no campo. Além disso, tiveram como desafio desenvolver soluções para problemas reais propostos pelas empresas Agroflux Tecnologia Agrícola, Trucker do Agro e Agrológica Agromercantil, parceiras do projeto. Para o professor Marcelo Picolli, coordenador do projeto e do curso de Agronomia do Centro Universitário Integrado, a missão do curso foi cumprida com sucesso. “É uma imensa satisfação poder formar a primeira turma de bootcamp do agro. Os alunos estavam muito engajados na resolução dos cases. Essa imersão no cenário das empresas desafiou os alunos a buscarem soluções práticas e aplicáveis no mercado, gerando conhecimento e desenvolvimento de habilidades profissionais. Essa primeira edição do projeto foi muito proveitosa e, sem dúvidas, virão novas edições”. Para Newton Pulido, aluno destaque do curso, participar do programa foi uma experiência enriquecedora. “Eu vi no programa uma grande oportunidade de adquirir conhecimento sobre a área de Agronomia e também de ingressar no mercado de trabalho por meio dos desafios das empresas. Foi uma ótima experiência que vai agregar bastante para o meu futuro profissional. Só tenho a agradecer ao Integrado por ter me dado essa oportunidade”, contou o estudante que foi contemplado com uma bolsa de estudos no curso de Agronomia. A figura 6 mostra o Vice-reitor, Jeferson Ferreira durante o fechamento do projeto. Figura 6: Vice-reitor na formatura do Bootcamp O vice-reitor do Centro Universitário Integrado, Jeferson Vinhas, explicou que o Agrocamp é uma das ações da Vertical do Agro, um ecossistema que visa gerir a carreira do profissional do campo durante toda a sua trajetória. “Quando desenvolvemos a Vertical, nós pensamos em envolver o estudante desde o momento em que ele está pensando em fazer o curso de Agronomia – e o bootcamp materializa isso – até depois de formado, de modo que possamos continuar ajudando no desenvolvimento da carreira desse profissional por meio de cursos, pós-graduações e capacitações, o chamado life long learning (aprendizado ao longo da vida)”. A figura 7 apresenta os futuros profissionais do Agro, com uma carreira iniciada ainda antes da entrada no mercado de trabalho. Importante ressaltar que as três empresas patrocinadoras do projeto do bootcamp, iniciarão em fevereiro um processo de seleção exclusivo com os alunos do bootcamp para vagas de estágio ou como colaboradores. Figura 7: Formandos do bootcamp 6. Cursos Rápidos Por meio de uma plataforma foram disponibilizados cursos rápidos para formação de pessoas de todos os níveis de educação. Cursos com conteúdos diretamente conectados à região forneceram possibilidades de diversas pessoas, a preços acessíveis, buscarem conhecimento. A figura 8 apresenta um dos cursos disponibilizados pela plataforma: Figura 8: Cursos rápidos disponibilizados por meio de Plataforma da Vertical do Agro 7. Celeiro – Desafio de Inovação Durante o XII Congresso Científico e Cultural do Estado de Paraná (CONCCEPAR), acadêmicos de Agronomia do Centro Universitário Integrado participaram do Demoday (Dia de Demonstração) como etapa final do “Projeto Celeiro de Inovações no Agronegócio”. As soluções desenvolvidas pelos acadêmicos foram apresentadas à banca composta por Tiago Andrade, Head de planejamento e negócios do Centro Universitário Integrado; Lidia Mizote, diretora da Fundação Educere de Campo Mourão; Sandro Nascer e Rose Colchon, representantes do Sebrae. A figura 9 apresenta os alunos campeões deste ano. Figura 9: Equipe campeã do Celeiro As equipes campeãs foram: Agromourão, que desenvolveu um aplicativo para comércio de gado; Agrotóide, que apresentou um produto natural para controle de nematóides e Agrosul, que desenvolveu uma solução para melhoria na aplicação de inoculante durante a semeadura. O evento contou com a participação de 11 equipes que apresentaram os resultados dos projetos de inovação desenvolvidos na disciplina de Projeto Interdisciplinar, sob orientação do professor Antonio Krenski. Os estudantes passaram por uma série de encontros com o especialista em Inovação e Consultor do SEBRAE, Diogo Takayama, percorrendo todas as etapas do processo, desde a ideação até a demonstração do produto na 12ª edição do CONCCEPAR. Realizado pelo Núcleo de Empreendedorismo Pesquisa e Extensão do Centro Universitário Integrado, organizado pelo curso de Agronomia e financiado pelo Instituto Integrado de Ciência e Tecnologia (IN2), o “Projeto Celeiro de Inovações no Agronegócio” é um projeto pioneiro na área de inovação dentro da universidade e como objetivo de aproximar os acadêmicos do terceiro período do curso de Agronomia de metodologias ágeis e atividades que incentivam o empreendedorismo e inovação, desenvolvendo soluções para problemas reais enfrentados pelos produtores e empresas rurais.


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Quem levou a medalha de prata para casa, foi a UNIFEOB, com o projeto “Desenvolvimento de competências atitudinais: uma aliança entre a tecnologia e o trabalho humano”.





1. PRÁTICA EFICAZ DE GESTÃO EDUCACIONAL 1.1. Histórico da Prática Eficaz O Centro Universitário Fundação de Ensino Octávio Bastos (Unifeob) questionando os moldes de ensino até então vigentes, lançou-se, a partir de 2012, no desafio de construir um novo projeto pedagógico que fosse condizente com uma concepção de ensino superior que desenvolva competências técnicas e atitudinais, priorizando estratégias de ensino-aprendizagem que valorizam a integração entre teoria e prática. Um dos princípios básicos da instituição é acreditar que, além da sólida formação acadêmica e profissional, formar para o desenvolvimento de competências significa também educar para a autonomia, protagonismo, responsabilidade, capacidade de iniciativa e de autoavaliação. Ou seja, para desenvolver competências é preciso promover a mobilização e organização de conhecimentos, habilidades e atitudes. Por isso, a arquitetura do projeto foi organizada em três grandes eixos: ● Formação acadêmica: voltada para competências técnicas por meio da organização curricular modular, contextualizada, sintonizada com o mundo do trabalho. ● Formação profissional: centrada no desenvolvimento de competências atitudinais que visam trabalhar o desenvolvimento humano, ou seja, trabalhar o que levou o indivíduo a apresentar determinado comportamento. ● Formação para a vida: direcionada para unidades de estudos transversais, ofertadas na modalidade à distância e organizadas em temas focalizados no desenvolvimento do estudante enquanto indivíduo, cidadão e profissional. Para saber mais sobre a implantação do Projeto Pedagógico Institucional (PPI), consulte o artigo publicado na Revista Ensaios Pioneiros citado no anexo 1. Página 2 de 41 A prática relatada aqui refere-se ao eixo profissional, que, no início do projeto trabalhava 12 (doze) competências atitudinais (anexo 2). Em novembro de 2016, foi nomeado um comitê para promoção da revisão das competências atitudinais em parceria com a Leme Consultoria, uma prestadora de serviços especializada em implantações de programas de gestão por competências em empresas públicas e privadas em todo o território nacional. As competências trabalhadas atualmente são: Flexibilidade, Comprometimento, Relacionamento interpessoal, Trabalho em equipe, Comunicação, Visão sistêmica, Liderança, Tomada de decisão e Organização e Planejamento. Cada uma delas possui quatro evidências, ou seja, comportamentos descritos e esperados em relação a cada competência atitudinal (anexo 3). Em 2021, o 8º Simpósio de Desenvolvimento de Docentes e Tutores, promovido pelo Unifeob, com o tema “O nosso jeito de educar: do propósito à prática docente”, teve por objetivo debater conceitos essenciais do PPI, sua evolução e concretização em salas de aula. Em trabalho realizado com o grupo de professores, na oficina “Competências atitudinais e feedback: edificando com qualidade”, foi gerado um material com informações sobre o trabalho desse eixo do projeto. Os dados coletados (anexo 4) mostraram a necessidade de intensificar o trabalho institucional de conscientização do estudante sobre a importância das competências atitudinais no mundo do trabalho e na vida e de romper com a cultura de “fetichização” da nota. Com o intuito de aprimorar o processo didático pedagógico do eixo de formação profissional, um grupo de trabalho foi organizado e duas ações inovadoras foram tomadas: a inclusão da autoavaliação dos estudantes, de modo a garantir a participação direta no entendimento e desenvolvimento das competências; e a criação de uma plataforma digital para a realização das autoavaliações, para o registro do histórico de desenvolvimento das competências já trabalhadas e para a gestão desse eixo do projeto pedagógico institucional. Para conhecer a plataforma digital, assista o vídeo no link https://youtu.be/4QAvvg9nHSg. 1.2. Objetivos da Prática Eficaz Constatada a necessidade de melhoria na gestão do trabalho com as competências atitudinais (que era realizada por cada curso), no engajamento dos estudantes (que não participavam ativamente do processo e demonstravam uma preocupação apenas com a nota) na avaliação e nos feedbacks, um grupo de trabalho elaborou um protótipo (testado como piloto em Página 3 de 41 alguns cursos) que se transformou em uma plataforma digital institucional, com os seguintes objetivos: ● Aprimorar o desenvolvimento de competências atitudinais nos estudantes; ● Engajar discentes, docentes e gestores no eixo de formação profissional dos estudantes; ● Sistematizar o processo de desenvolvimento de competências atitudinais - autoavaliação de estudantes, coleta de dados, tratamento de dados, tomada de decisão de colegiado de professores - por meio do desenvolvimento de plataforma digital personalizada para este fim; ● Subsidiar a avaliação e devolutivas [feedbacks] consistentes e coerentes com as propostas pedagógicas de formação. ● Propiciar um painel com as informações para acompanhamento e tomada de decisão dos gestores da Instituição. 1.3. Público Alvo Atingido O público-alvo é a comunidade acadêmica do Unifeob, composta pelos gestores, docentes e os 4115 estudantes (matriculados em 2022) de todos os 21 (vinte e um) cursos de graduação presencial (licenciatura, bacharelado e superiores de tecnologia). O foco do trabalho é o estudante, entendido na instituição como um ser único, com potencial para se desenvolver, em sua plenitude, a partir de sua condição individual e de sua história de vida. É um elemento ativo no processo de aprendizagem e deve ser responsável pelo seu desenvolvimento, ao mesmo tempo em que precisa ser constantemente desafiado a refletir sobre a sua significação como indivíduo e cidadão atuante na sociedade. O Unifeob acredita que deve oferecer ao estudante oportunidades de pensar, refletir, criar e resolver problemas para que ele se assuma como protagonista do processo de aprendizagem, sendo capaz de se perceber como indivíduo. 1.3. Descrição das atividades implantadas O desenvolvimento das competências atitudinais se dá por meio de um processo didático pedagógico dividido em fases de planejamento, ações de ensino, acompanhamento, avaliação e Página 4 de 41 devolutivas (feedbacks). A atuação institucional, docente e estudantil pode ser descrita da seguinte forma: Fase Planejamento Logo de início, na fase de planejamento, os docentes de uma determinada turma, em acordo com a coordenação de curso, elencam uma competência atitudinal que será desenvolvida ao longo do semestre, a partir de um conjunto de competências elencadas no projeto pedagógico da instituição (anexo 5). O critério de seleção deve-se à pertinência da competência em conformidade aos trabalhos acadêmicos desenvolvidos no semestre em uma determinada turma. Por sua vez, é garantida a autonomia do colegiado de curso na escolha da competência, por se entender que as turmas apresentam perfis atitudinais distintos. Uma vez elencada a competência do semestre, cabe ao corpo docente da turma o planejamento de ações didático-pedagógicas que proporcionem aos estudantes as condições necessárias a tomadas de atitudes esperadas. Cada docente ficará responsável, como orientador, por um número de estudantes. Ainda na fase de planejamento, cabe às coordenações de curso a inserção de dados na Plataforma Digital para o desenvolvimento de competências atitudinais. Esse procedimento visa a vinculação da competência, previamente elencada, à sua respectiva turma. Por meio de um sistema integrado, e uma vez indicada a competência, cada estudante da turma terá sua própria página referente à competência (anexo 6). Será por meio desta página individual que o estudante terá acesso a informativos, orientações e avaliações. Todo o material de apoio, produzido pelo Unifeob, em parceria com a Leme Consultoria, está disponível nesta página (anexo 7). Ação de ensino - fase inicial O contato dos estudantes com a competência se dá no início do semestre por meio de ação didático-pedagógica na qual a plataforma digital cumpre importante função. Nessa fase inicial o estudante é levado a conhecer e compreender a competência elencada. Para isso, duas ações iniciais são necessárias: (I) reconhecer as evidências da competência; e (II) a realização de uma autoavaliação inicial de ambientação (anexo 8). O reconhecimento das evidências é parte fundamental no desenvolvimento das competências atitudinais. Cada competência atitudinal é composta por um conjunto de quatro evidências esperadas (anexo 9). As evidências são importantes para concretizar algo que, de início, parece abstrato, ou seja, o desenvolvimento de uma atitude; ao mesmo tempo, possibilita o acompanhamento pedagógico docente. Ao acessar a Página 5 de 41 plataforma digital o estudante encontrará informações e orientações necessárias ao reconhecimento da competência elencada. A ação seguinte é a realização de uma autoavaliação. Isso possibilita aos estudantes reconhecer em si, por meio das evidências, as atitudes referentes à competência. Por meio da plataforma digital o estudante estabelece um valor percentual reconhecendo a manifestação das evidências em suas atitudes. Por exemplo, na competência atitudinal ‘trabalho em equipe’, o estudantes pode reconhecer que na evidência ‘Demostra disponibilidade para auxiliar os colegas’ sua própria atitude seja de, talvez, 70%; na evidência ‘Compartilha as informações e os conhecimentos inerentes às atividades com os demais colegas’, seja 90%; em ‘Prioriza interesses e objetivos coletivos ao invés dos objetivos individuais ou de pequenos grupos’, 85%; e ‘Atua de forma participativa e colaborativa na execução das atividades coletivas’, talvez, 70%. Os valores, ainda que pareçam subjetivos, são uma forma de autoavaliação, sendo este o ponto chave do processo de aprendizagem e desenvolvimento de competências atitudinais (anexo 10). Por fim, o estudante redige um relato, conferindo a si e aos docentes uma autoavaliação de como a competência é reconhecida e que atitudes são necessárias para seu pleno desenvolvimento ao longo do semestre. Nessa fase inicial, de ambientação, não há a aferição de nota. Ação de ensino - fase intermediária A partir disso, a competência será desenvolvida por meio das ações didático-pedagógicas planejadas. Em continuidade ao exemplo da competência ‘trabalho em equipe’, os estudantes serão colocados em situações nas quais se espera a manifestação das evidências, seja na apresentação de trabalhos acadêmicos, no desenvolvimento de projetos em pequenos grupos, ou mesmo, o reconhecimento da turma como uma grande equipe. As ações didático-pedagógicas são contínuas ao longo do semestre, mas o acompanhamento sistemático é dividido em duas etapas bimestrais, descritas a seguir. Avaliação docente e devolutivas individuais - fase final de cada bimestre Ao final de cada bimestre, será feita uma nova autoavaliação pelos estudantes. Novamente, por meio da plataforma digital será retomado o reconhecimento das evidências, e uma vez mais será estabelecido um valor percentual para cada uma delas. Um novo relato será redigido, tendo agora a referência da autoavaliação anterior. Contudo, há uma nova ação ao final dos bimestres: por meio dos valores indicados para cada evidência, uma nota será estabelecida, Página 6 de 41 com valor entre 0,0 e 1,5 ponto. Essa nota comporá a média do estudante em todas as unidades de estudo, ou disciplinas, cursadas no semestre. Nesse momento, cabe ao corpo docente, munido das observações e orientações dados ao longo do bimestre, somada à autoavaliação de cada estudante, estabelecer uma avaliação individual quanto ao desenvolvimento da competência. Isso é feito por meio de reuniões de colegiado no qual cada estudante é considerado caso a caso. A partir da autoavaliação e da nota estabelecida pelo estudante, o colegiado define pela validação ou não da nota; ao mesmo tempo em que são tecidas considerações pertinentes ao desenvolvimento da competência do estudante em questão. A nota e as considerações do colegiado são registradas na plataforma (anexo 11). A nota registrada será incorporada automaticamente ao sistema acadêmico da instituição. As considerações serão utilizadas na devolutiva (feedback) individual que cada docente dará a seus orientandos. Na fase final de cada etapa, o estudante recebe uma devolutiva (feedback) de seu orientador. Isso é feito por meio de um agendamento individual na qual o docente orientador compartilha com o estudante considerações pertinentes ao desenvolvimento da competência. É importante salientar que esse processo de devolutivas desenvolve-se por meio de diálogo entre docente e estudante, não havendo, necessariamente, uma hierarquização do colegiado ou docente sobre o orientando. Tal postura é imprescindível no trato de atitudes, uma vez que o reconhecimento deve partir, primeiramente, daquele que a desenvolve. Todos os dados contidos na plataforma servem, agora, a um propósito educativo. As autoavaliações, os relatos particulares, as notas, e as considerações registradas pelo colegiado tornam-se referencial importante para a orientação, tomada de decisão e desenvolvimento de atitudes. Ainda nesse momento, a plataforma garante registros burocráticos e informativos importantes para a gestão de cursos. De fácil aplicação, cada docente acessa uma página de checklist de devolutivas, com os dados referentes a cada estudante orientando, e registra o diálogo ocorrido; o estudante, por sua vez, receberá um e-mail no qual poderá confirmar, por meio de assinatura digital, o evento ocorrido (anexo 12). Esse conjunto de dados é acessado pela coordenação de curso, possibilitando seu gerenciamento, garantindo que todos os estudantes recebam orientações, indicativos e suas respectivas notas. Ação didático-pedagógica contínua Página 7 de 41 Encerrado o ciclo do semestre letivo, e uma vez elencada, uma competência não é descartada do processo de ensino-aprendizagem posterior, ao contrário, tais competências passam a compor um conjunto de atitudes esperadas e desejadas do estudante que as tenha desenvolvido em semestres anteriores. Os dados referentes a cada competência desenvolvida, ao longo do curso, continuam disponíveis na plataforma, semestre a semestre; de modo cumulativo constitui-se um portfólio avaliativo e formativo de cada estudante. Gestão do processo A plataforma digital tem possibilitado um melhor acompanhamento por turma, módulo e curso e tomada de decisões mais assertivas para a melhoria contínua deste trabalho (anexo 13).


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O terceiro colocado na categoria de Inovação Acadêmica foi o Centro Universitário Cidade Verde, com o projeto "Inovação e transdisciplinaridade no Curso de Pedagogia".

1. PRÁTICA EFICAZ DE GESTÃO EDUCACIONAL Inovação, inter e transdisciplinaridade no Curso de Pedagogia - UniCV são, desde seu início, em fevereiro de 2020, uma constante preocupação que obteve como resposta prática e eficaz a criação do Projeto Integrador Multidisciplinar. Tomando por base produtos que resultam das atividades finalizadas. Para cada semestre (Período do curso), escolhe-se qual será o “elemento integrador” que poderá ser um texto literário, um filme, um jogo, dentre tantos outros possíveis. A premissa básica é que cada professor, como mediador do processo ensino-aprendizagem, crie possibilidades relacionais entre o elemento integrador escolhido e a ementa da disciplina que irá ministrar no semestre/ano. Em uma segunda etapa, todos os professores, por meio de reuniões, com periodicidade mensal, relatam e interpretam o trabalho que está sendo realizado em cada uma das disciplinas, e conjuntamente, constroem melhores possibilidades de “integração”, objetivo final da proposta. Relacionar, de maneira analítico/interpretativa, o elemento escolhido como integrador e as várias ementas e referenciais bibliográficos selecionados para o curso de Pedagogia é o desafio que se pretende inovador. Inovação é uma palavra que ainda precisa de tradução, espera-se que ações inovadoras expressem resultados concretos. Entende-se que inovar pode ser compreendido como uma tomada de consciência, o que possibilita uma relação professor/aluno realizada em formato diferente do que até então se fazia, quase por inércia, criando algo que solucione um problema ou venha sanar uma necessidade, a sala de aula traz em si um oceano para a inovação. Uma formação inovadora culmina em ações educativas que se baseiam na premissa de que a educação é um processo intencional e organizado de aquisição de conhecimentos e habilidades, de desenvolvimento de atitudes, que refletem valores éticos, culturais e emocionais e da capacidade, do curso em que o aluno está matriculado, de mobilizar estes recursos para encontrar caminhos para a solução dos problemas que o exercício da profissão trará. Outro ponto de inovação pauta-se na premissa que é indispensável assegurar educação inclusiva, equitativa, de qualidade e a promoção de oportunidades de aprendizagem que se estendam ao longo da vida. Quatro pontos são estratégicos para o desenvolvimento, com sucesso, do Projeto Integrador Multidisciplinar do Curso de Pedagogia presencial do UniCV. 1) Qualidade e Equidade: aprendizados para todos, sem diferenças entre grupos sociais. Para que estes pontos se tornem presentes na formação é condição indispensável que os saberes, conhecimentos e habilidades sejam manifestos nas dimensões do saber fazer – “skills”: ensinadas, preferencialmente, junto com objetivos de aprendizagem disciplinares ou interdisciplinares. Atitudes, valores e cultura: Interação entre estudantes, professores, gestores e comunidade. 2) Competência: Para se aprender a mobilização dos saberes – ou seja, as competências - é preciso lançar mão de estratégias pedagógicas que ensinam o estudante de pedagogia a se olhar como aprendiz de seu próprio fazer, a protagonizar sua formação. 3) Discussões mediadas: Estas se dão por meio da ação realizada pelo professor no processo esclarecimentos de dúvidas, da propositura de metodologias que se afirmam como diferenciais positivos, propiciando o contato direto do aluno com o campo do conhecimento de maneira ativa. 4) Jogos Pedagógicos: o laboratório físico e o acesso aos laboratórios virtuais possibilitam dois olhares para a relação ensino-aprendizagem. No primeiro deles o aluno se olha como aprendiz e associado a isto, num segundo momento, como se estivesse na condição de professor, pois se reconhece dominando a prática e o conteúdo propostos pelo e para o jogo. As discussões mediadas, os jogos pedagógicos, o debate acerca de acontecimentos atuais e o aprender com serviço à comunidade são princípios que organizam o trabalho PIM do Curso de Pedagogia. Aprender a conhecer, aprender a conviver, aprender a ser, aprender a fazer. Usar a flexibilidade das novas tecnologias coadunadas a uma seleção criteriosa de conteúdo, mantendo o ensino pautado na ciência. Tais estratégias visam ampliar a compreensão que se tem sobre o tipo de sociedade que o projeto educacional do Curso de Pedagogia e o formato dado a sua parte prática objetiva ajudar a construir. A avaliação é ponto referencial para uma prática pedagógica exitosa. A devolutiva dada aos alunos deve enfatizar as qualidades do trabalho realizado e fornecer informações sobre os pontos a serem melhorados. Não deve haver comparações entre estudantes. Uma devolutiva/feedback deve mostrar: onde, em relação ao padrão, o estudante está, qual é o padrão a ser alcançado, indicações de como cada um pode melhorar seu trabalho em prol do seu desenvolvimento como aluno e futuro professor. O cenário complexo, intenso e mutante solicita inovações o tempo todo ou a utilização com qualidade inovadora de diversos recursos, inclusive, as tecnologias digitais disponíveis. A prática pedagógica se faz inovadora quando aplicada com segurança do que quer ou precisa mudar, formular algumas hipóteses para o trabalho, desenvolver as ações didáticas, avaliar o resultado pedagógico, a inovação será mais potencializada quanto mais for colaborativa entre professores e estudantes. O processo de ensino-aprendizagem fundamenta-se nos princípios da pedagogia com um eixo metodológico firmemente estabelecido e que prioriza metodologias ativas de ensino-aprendizagem. Nessa perspectiva, os alunos passam à condição de sujeitos ativos desse processo, adquirindo conhecimentos de forma significativa pelo contato com metodologias de ensino voltadas à construção de competências e habilidades vinculadas ao raciocínio e à reflexão crítica. O professor, por outro lado, passa a desempenhar o papel de incentivador, garantindo situações que estimulem a participação do aluno no ato de aprender; e de orientador, auxiliando na construção do conhecimento. A interatividade busca promover um processo de aprendizado mais ativo, capaz de estimular a troca de informações entre professores e alunos e entre os próprios alunos, estimulando a criatividade e levando-os a desenvolver a habilidade de reagir às novas situações que, de maneira concreta, serão impostas pela prática profissional. Supera, com vantagens, a pedagogia da transmissão passiva de conhecimentos utilizada nos métodos tradicionais de ensino, possibilitando o aperfeiçoamento contínuo de atitudes, conhecimentos e habilidades dos estudantes. Facilita o desenvolvimento dos seus próprios métodos de estudo, aprendendo a selecionar criticamente os recursos educacionais mais adequados, trabalhar em equipe e aprender a aprender. Nessa perspectiva, os elementos curriculares adquirem novas formas e os conteúdos não são memorizados, mas apreendidos compreensivamente. No âmbito do curso Pedagogia inovar de forma exitosa compreende, além de ações práticas o olhar acolhedor, que alinhe a educação com a realidade da sociedade em que o discente está inserido. Transdisciplinaridade e Interdisciplinaridade são conceitos fundantes na formação do licenciado e em particular do Pedagogo, solicita a reflexão acerca da trajetória destes conceitos, quer seja no Brasil, quer seja no contexto mundial, faz-se significativa. O desenvolvimento da ciência coloca-se, atualmente, contra um saber fragmentado, afinal, não há como negar a necessidade de formar profissionais que não sejam especialistas de uma só especialidade e, demanda social, fazendo com que as universidades proponham novos temas de estudo, fora dos compartimentos disciplinares, até bem pouco tempo, os únicos existentes. No âmbito acadêmico, a interdisciplinaridade e a transdisciplinaridade ganharam força por meio de sua aceitação pelos estudiosos e principalmente, com o incentivo da Organização das Nações Unidas para a Educação, a Ciência e a Cultura (UNESCO); Organização de Cooperação e Desenvolvimento Econômico (OCDE). Acrescenta-se a este panorama os ODS - Objetivos de Desenvolvimento Sustentável, mais especificamente o ODS 4 – Educação de qualidade: assegurar a educação inclusiva, equitativa e de qualidade, e promover oportunidades de aprendizagem ao longo da vida para todos. A interdisciplinaridade passa a ser compreendida como capaz de fornecer uma reflexão aprofundada, crítica e salutar sobre o funcionamento da instituição universitária e uma nova organização na forma de conceber as atividades de ensino, pesquisa e extensão, que ganham a possibilidade de serem coletivas e com isso a inovação nos métodos de ensino são estimuladas. Em meio a muitas controvérsias a interdisciplinaridade foi, pouco a pouco, sendo introduzida no Brasil. O conhecimento disciplinar aplicado à escola, nos últimos 30 anos, é decorrente do sucateamento da pesquisa científica, dentre elas figura o projeto interdisciplinar mal compreendido, que associado a uma gama de outros elementos contribuiu para ampliar o esfacelamento científico já existente. Romper os limites disciplinares, que acomodam os saberes em compartimentos com áreas e perímetros muito definidos, pressupõe possibilidades de orientação de ações que possam minimizar barreiras e promover o avanço de uma sociedade cada vez mais complexa. Esse é o entendimento, acerca do campo trans e interdisciplinar, no qual a proposta do PIM se assenta. O projeto integrador multidisciplinar objetiva desenvolver práticas mais efetivas e por conseguinte inovadoras e que possam lidar com os problemas complexos existentes e gerados pela dinâmica social na qual todos estamos inseridos, não apenas preservando questões referentes às regionalidades como também sendo um importante instrumento de fomento para o desenvolvimento regional. (SATOLO, 2019). Os termos, transdisciplinaridade e interdisciplinaridade, pressupõem a interação, de no mínimo, dois campos conceituais ou duas disciplinas/ementas, sendo necessário haver ação recíproca entre ambas. O encontro dessas interfaces gera novos conhecimentos ou modos de produzi-los, pois “implicam trocas teórico/metodológicas, formulação de novos conceitos, metodologias e graus crescentes de intersubjetividade, visando atender a natureza múltipla de fenômenos com maior complexidade” (Lenoir, 1998). Para Fazenda (2002, p. 11) a “Interdisciplinaridade é uma nova atitude diante da questão do conhecimento, de abertura à compreensão de aspectos ocultos do ato de aprender e dos aparentemente expressos, colocando-os em questão” A primeira condição transdisciplinar e interdisciplinar é confrontar e harmonizar os vocabulários e as línguas. O ensino com base em elementos transdisciplinares somente existe se o curso for constituído em “REDE”. O campo interdisciplinar, necessariamente, atua com a diversidade e a complexidade dos coletivos. Para tanto, requer articular-se com outros saberes. É preciso criar espaços para o diálogo interdisciplinar e para isso é necessário formalizar projetos que considerem várias disciplinas, como é o caso do PIM, desenvolvido no âmbito do curso. Enfrentar os desafios atrelados ao desenvolvimento social exige respostas do sistema de formação docente no Brasil. Desenvolver capacidades que facilitem propor estratégias e superar dificuldades é o que se espera das Instituições de Ensino Superior (IES). Fortalecer a formação continuada dos profissionais que atuam na gestão organizacional e de instituições de ensino possibilitando análises detalhadas que resultem em propostas inovadoras porque incidirão na intersecção dessas áreas. A finalidade é promover formação e estudos que resultem em produtos para um trabalho pedagógico de qualidade ampliada. A cultura, os interesses e as características dos alunos também são critérios centrais considerados para a organização e dos temas do PIM/Pedagogia, assim, essa postura pedagógica não é imposta por um simples ato de autoridade, e sim construída pelo corpo docente, discente e gestão por meio de um processo de interação contínua. A interdisciplinaridade no Curso Superior de Licenciatura em Pedagogia se mantém pelas atividades práticas desenvolvidas. As práticas da interdisciplinaridade e da articulação entre teoria e prática são também fomentadas, integrando, sempre que possível, a metodologia de ensino das disciplinas. A proposta consiste na construção de planos de ensino horizontal e verticalmente complementares quanto ao conteúdo e práticas didáticas desenvolvidas, que reforçam uma matriz curricular voltada ao equilíbrio entre conteúdos metodológicos ligados ao saber-fazer e os conhecimentos teórico/conceituais. A ênfase, então, está em um processo de aprendizagem interativo, contextualizado e reflexivo, que respeite as potencialidades e limitações de cada aluno e vise à adoção de uma postura proativa por parte deles, voltada à superação das limitações e à adequada valorização de todo o seu potencial de desenvolvimento. Objetiva-se, portanto, proporcionar um ensino que aborde as técnicas contemporâneas, mas que seja também voltado para a transmissão de valores e conceitos perenes, indispensáveis à formação humanística dos estudantes que participam dos PIM. A interdisciplinaridade dentro de uma organização curricular, parte do pressuposto que o conhecimento adquirido em uma determinada disciplina não deve ter um fim em si mesmo, mas deve servir de base para a assimilação de conteúdos que serão abordados em outras atividades formativas. O desenvolvimento das habilidades e competências dos discentes constroem-se, tomando por base, as mais diversas fontes de conhecimento, metodologias, tendo a ciência como fundamento, sem desconsiderar o sinergismo entre conteúdos conceituais, procedimentais e atitudinais provenientes das mais variadas disciplinas e áreas do conhecimento. A Coordenação do Curso administra todo o trabalho desenvolvido pela prática eficaz. 1.2. Objetivos da Prática Eficaz. ● Relacionar, de maneira analítico/interpretativa e integrativa, o tema escolhido como elemento integrador e as várias ementas e referenciais bibliográficos selecionados para compor os programas disciplinares do curso; ● Possibilitar o aprender a conhecer, aprender a conviver, aprender a ser, aprender a fazer; ● Lançar mão da flexibilidade das novas tecnologias coadunadas a uma seleção criteriosa de conteúdo, mantendo a relação de ensino e aprendizagem pautada na ciência; ● Fomentar ações que pretendam assegurar a educação inclusiva, equitativa e de qualidade, e promover oportunidades de aprendizagem ao longo da vida para todos. (ODS- 4). 1.3. Público Alvo Atingido ● Alunos dos sete semestres do curso de Pedagogia do UniCV; ● Professores´e educadores da Secretaria Municipal de Educação; ● Educadores da rede municipal da Cidade de Santo Inácio/PR. ● Alunos de outras instituições. 1.4. Descrição das Atividades Implantadas. Apresentarei, a seguir, algumas das atividades que foram desenvolvidas pelo PIM, durante o período de julho de 2020, data de sua implantação, até novembro de 2022, e que chegaram até a comunidade. ATIVIDADE 1 (ANEXO A) PIM - 2020 - Tema Gerador - Conto da Escola de Machado de Assis Prática Eficaz: Criação de um Instagram Pedagógico Ao longo do segundo semestre de 2020 foi proposto, pelos alunos, a criação de um Instagram pedagógico. Justificaram a propositura por entenderem que era realizado no PIM precisava ser exposto à comunidade externa. O perfil pedagogia_unicv teve como objetivo principal demonstrar por meio de imagens, mapas mentais e texto, qual a relação estabelecida entre o conteúdo da disciplina de Filosofia da Educação e O Conto de Escola. No primeiro momento as alunas postaram três imagens sobre o que entenderam e o que representava para elas o conhecimento. Para o desenvolvimento dessa primeira etapa, as alunas tiveram uma Palestra com a Comunicóloga Gabriela Rodrigues Monteiro - (convidado especial para a aula) de como criar o perfil e também fazer o seu engajamento social. Na segunda etapa, a de desenvolvimento do perfil, elas postaram imagens de mapas mentais em que revelavam por meio de adjetivos “Quem sou eu?” Pergunta bastante pertinente ao conteúdo da filosofia da educação. Diante do bom desenvolvimento demonstrado pela turma, a professora definiu uma tarefa entre dois cursos diferentes do UniCV. Como docente tanto do curso de Pedagogia quanto de Design Gráfico, foi proposto aos alunos e alunas o desenvolvimento de uma Exposição fictícia em que as alunas de Pedagogia seriam as responsáveis por esse projeto. Assim, ela se tornou cliente dos discentes do curso de Design Gráfico, o que resultou em trabalhos, cujo propósito de criar uma identidade visual a partir do Conto da Escola com o objetivo de realizar uma exposição, foi alcançado. Relação com o aprendizado do aluno: Durante o semestre a disciplina de Filosofia da Educação priorizou o desenvolvimento das alunas por meio do autoconhecimento e do reconhecimento de sua vivência em sociedade. A criação do instagram pedagógico, como também, a atividade entre cursos teve como propósito despertar a noção de que o conhecimento se constrói a partir da relação entre o Eu e o Outro. Os muros do Centro Universitário Cidade Verde devem ser pensados como transponíveis e assim poder atingir a todos. O Instagram está em funcionamento e o engajamento cresce espontaneamente. ATIVIDADE 2 (ANEXO B) PIM - 2021 - Tema Gerador - (RE)CONHECENDO OS CONTOS DE HORROR Prática Eficaz - Produção de livros sensoriais Ações: ● Apresentação dos contos populares de horror selecionados para realização do Projeto; ● Apresentação e aprofundamento do conceito de educação socioemocional; ● Pesquisa e escolha de um conto de terror para realização do projeto; ● Preenchimento de tabela de fundamentação teórica referente ao recurso que ajuda o infante a lidar com o medo. ● Orientação após o desenvolvimento da tabela para o início da produção de um livro sensorial para Educação Infantil; ● Produção dos livros sensoriais e do recurso socioemocional a fim de atuar do sentimento do medo, presente no universo infantil; ● Finalização das atividades com apresentação dos livros às professoras e disponibilização no Instagram Pedagógico. Relação com o aprendizado do aluno: No presente projeto, os alunos do Curso de Pedagogia do Centro Universitário Cidade Verde - UniCV, realizaram a produção de livros sensoriais, baseados nos contos de horror, previamente selecionados, com o objetivo de desenvolver recursos didáticos destinados à educação socioemocional. O recorte temático, nesse sentido, foi trabalhar o sentimento do medo, constante no imaginário infantil. Por meio da educação socioemocional desenvolve-se o importante trabalho de ensinar as crianças a reconhecer e nomear sentimentos. A temática de educar emoções, também se faz presente na Base Nacional Comum Curricular - BNCC, como um guia para o aprendizado prático de crianças e jovens em relação às habilidades e atitudes de uso cotidiano no convívio em sociedade. A educação socioemocional refere-se ao entendimento e a forma de lidar com as emoções, buscando a empatia e a tomada responsável de decisões. Para que isso ocorra, é preciso que um trabalho com competências socioemocionais seja feito nas mais diferentes situações, dentro e fora da escola. O documento afirma que a formação integral ao aluno, que conta com o ensino socioemocional. No desenvolvimento projeto trabalhou-se, portanto, três eixos: gênero textual contos populares de assombração, educação socioemocional e produção de recurso didático - livro sensorial, articulando, e estabelecendo relações por meio reflexão- ação-reflexão, alinhando o trabalho as Diretrizes Curriculares Nacionais para Educação Básica, que prevê a formação de professores no ensino superior, em consonância com a BNCC. A escolha da produção de um livro sensorial ocorreu porque este tipo de recurso didático, estimula o desenvolvimento das habilidades infantis, possibilitando que os alunos do Curso de Pedagogia pudessem criar personagens com texturas e cenários com formatos diversificados, além de produzirem um recurso específico que fosse um aporte para superação do medo pelo leitor. Nesse sentido criaram-se amuletos, capas da coragem, bonecas e outros artefatos inerentes ao imaginário das crianças pequenas, com a finalidade de desenvolver meios lúdicos de superação e nomeação do sentimento de medo, ocasionado, inclusive, pela cultura midiática. ATIVIDADE 3 (ANEXO C) PIM - 2021 - Tema Gerador - (RE)CONHECENDO OS CONTOS DE HORROR Prática Eficaz - Produção de vídeos A propositura desta atividade alicerçou-se em conceitos fundamentais da aprendizagem na atualidade, abrangeu as metodologias ativas e o ensino híbrido. As metodologias ativas têm o objetivo de valorizar e estimular o protagonismo do aluno (a) e a aprendizagem híbrida que visa o aspecto de flexibilização do processo educativo a partir dos diversos espaços e ambiente, modificação de materiais, das práticas e dos recursos pedagógicos. A atividade privilegiou as distintas formas para constituir e aplicar o ensino escolar, considerando as particularidades e o contexto social da vida e das sociedades em que os nos “Contos de Assombração” foram produzidos, ou seja, observou-se que a forma de representar o medo não é o mesmo entre os países, há uma diferenciação na estruturação dos textos, bem como, nos sentimentos e emoções apresentados. As reflexões demonstraram a importância do professor estabelecer uma relação de cooperação e participação, com elaboração de práticas pedagógicas conscientes que garanta o desenvolvimento de habilidades e competências a partir da produção e aplicação de recursos pedagógicos manuais e tecnológicas, ferramentas que auxiliem o processo de ensino de aprendizagem e na transformação da realidade cognitiva, afetiva e social dos indivíduos. Uma perspectiva de educação que desenvolva a autonomia e o protagonismo do aluno (a), e que o trabalho do docente estabeleça a articulação e a mediação, não sendo o ditador do processo, ao contrário, que a relação entre professor e aluno seja baseada no diálogo e na cooperação, que todos estejam envolvidos nos projetos e nas tomadas de decisões. Contudo, o professor devido a sua formação teórica deve dominar estratégias para apreender a atenção dos alunos (as) e estabelecer, por meio, dos diversos recursos pedagógicos atividades que estimulem e assegurem o desenvolvimento cognitivo e a aprendizagem. O trabalho desenvolvido no 1º e 2º bimestre/2021, além das aulas teóricas e dos debates sobre as temáticas, também contou com datas específicas para orientações em dupla e/ou grupos. As orientações, foram realizadas em horários previamente agendados, utilizadas para alinhar os objetivos, estabelecer os prazos e os procedimentos a serem executados. No primeiro bimestre o projeto contou com a produção de um roteiro em que os alunos (as) sistematizaram aspectos referentes à escolha do conto e dos aplicativos que seriam utilizados para produção dos recursos (podcast e vídeo), conteúdo do conto escolhido pelo grupo/dupla, caracterização dos personagens e a descrição sobre a importância de compreender o conceito de cultura e das novas tecnologias. Os podcasts e os vídeos foram enviados por meio de aplicativos como: SoundCloud, Youtube, Media Player e WhatsApp. Nesse sentido, o Projeto Interdisciplinar (PIM), por meio dos conceitos de: cultura, metodologias ativas e novas tecnologias propiciou uma aprendizagem integral e consciente aos alunos (as) do curso de pedagogia, modelo de ensino que favorece a compreensão que os conhecimentos produzidos na academia têm aplicabilidade e que garante a aquisição de uma educação de qualidade, que visa a transformação da realidade de professores e alunos(as). Em resumo, o objetivo do trabalho foi possibilitar o desenvolvimento e potencializar os esquemas cognitivos dos alunos (as), por meio, de novas tecnologias, estruturações, conhecimentos, análises e discussões entre os componentes curriculares das disciplinas e os conhecimentos científicos estudados articulados na atividade. ATIVIDADE 4 (ANEXO D) PIM 2022 - Tema Gerador: Metodologias Ativas Prática Eficaz - Produção de um Instrumento de Cálculo – ÁBACO A atividade buscou elucidar duas questões: Por que é importante para os discentes do curso de Pedagogia estudar esse tema? Quais os aspectos sobre matemática posicional e a utilização de um instrumento de cálculo são mais relevantes para a aprendizagem? Além disso, a Base Nacional Comum Curricular (BNCC) propõe na “Área de Matemática e suas Tecnologias” a consolidação, a ampliação e o aprofundamento das aprendizagens essenciais a fim de possibilitar que os estudantes construam uma visão mais integrada da Matemática, ainda na perspectiva de sua aplicação à realidade. Com relação às operações aritméticas elementares (multiplicação, divisão, subtração e adição) os discentes têm a oportunidade de desenvolver habilidades referentes ao pensamento numérico, ampliando a compreensão a respeito das diferentes aplicações da utilização e envolvimento da matemática. Para tanto, propõe-se a resolução de problemas envolvendo números naturais, inteiros, racionais e reais, em diferentes contextos (do cotidiano, da própria Matemática e de outras áreas do conhecimento). Segue-se do exposto, que o letramento matemático é estimulado nos anos iniciais das crianças nas escolas com técnicas que abrangem o conhecimento da grafia numérica, repetição, memorização e por conseguinte associação com quantidades, ou seja, trata-se dos primeiros contatos e manejo numérico e funcional da matemática. Assim, para compreender melhor que a unidade é a menor ordem de um número independentemente da posição que ocupe, sempre poderá ser convertido em unidades. Uma alternativa para a visualização e fixação desses conceitos de matemática posicional é sugerido a utilização de um instrumento de cálculo denominado Ábaco. O Ábaco de acordo com Boyer (2012), tem como precursor barras sobre uma tabua de areia, indicando assim a origem etimológica da palavra ábaco, haja vista que “abq” traduzida significa “pó” ou “bandeja de areia” utilizada como tábua de contar. Há indícios da utilização de uma variação do ábaco na China conhecido como saun phan e do soroban no Japão. O objetivo para utilização do ábaco é claro, foi pensado e construído para facilitar a contagem de quantidades com praticidade e velocidade, esta última condicionada a destreza e domínio do método pelo calculista. Desenvolver o processo de ensino-aprendizagem por meio de projetos é uma proposta alinhada com as orientações metodológicas de áreas do ensino fundamental e educação infantil. Nos Referenciais Curriculares Nacionais para a Educação Infantil (RCNEIs) e nos Parâmetros Curriculares Nacionais (PCNs) abrangem os eixos Natureza e Sociedade enfatizando a importância do trabalho com projetos. Assim, a proposta apresentada objetiva colaborar para o desenvolvimento lógico matemático dos discentes por meio da construção (reprodução) do instrumento de cálculo Ábaco e a abordagem da Matemática Posicional. Fundamentar os conceitos e definições cujos objetivos são alicerçar o discente na sua jornada de aprendizagem da matemática. Abordar a axiomatização e rigor lógico matemático além de instigá-los a investigação e elaboração de instrumentos que viabilizem o ensino da matemática nos anos iniciais do ensino pedagógico. Logo, o projeto de ensino, didático ou de trabalho pode ser abordado como uma proposta de organização e desenvolvimento dos conteúdos trabalhados em sala de aula com os discentes, ou seja, com a participação ativa na construção do raciocínio matemático. A função do docente consiste em propor desafios, situações problema que objetivem estimular os discentes a propor soluções. ATIVIDADE 5 (ANEXO E) PIM 2022 - Tema Gerador - Base Nacional Comum Curricular Prática Eficaz - Confecção de Livros por meios digitais Como trabalho a ser desenvolvido ao longo do Projeto Integrador Multidisciplinar, serão confeccionados livros digitais cujo objetivo será abordar as seguintes unidades temáticas/campos de experiência em consonância com o BNCC. As disciplinas Cultura digital na escola, Educação e novas tecnologias e Oficina de recursos didáticos: Jogos, brinquedos e brincadeiras, tiveram seus conteúdos contemplados na própria concepção da prática eficaz em tela, qual seja a produção de um livro digital. As disciplinas Alfabetização e Letramento, Cultura, ludicidade e infância e Educação movimento, corpo e arte tiveram suas ementas contempladas no conteúdo apresentado pelos livros digitais, consonantes à BNCC. Dentro da unidade temática ou campo de experiência: ● Selecionar um ou mais objetos de conhecimento e elencar 10 subtemáticas a serem abordadas no livro digital a ser produzido. É necessário atentar-se ao fato que trata-se de um livro interativo, que deverá propor experiências, jogos, reflexões e registros dos conteúdos selecionados. PARTE I - DO PLANEJAMENTO Preenchimento de tabela postada via classroom, contendo as seguintes informações: ● Nome do livro; ● Forma de execução (canva, power point, word, etc. - com prioridade para o Canva); ● Importância do letramento científico; ● Unidade temática da BNCC; ● Objeto de conhecimento da BNCC; ● Ano escolar ao qual destina-se o livro digital. ● 10 subtemas a serem explorados; PARTE II - DO PRODUTO - Apresentação em sala de aula e postagem no Google Classroom O que deverá conter no livro: ● Capa com nome dos autores, logo da UniCV, nome do professor orientador, nome da disciplina, ano de execução, além do nome criado para o livro; ● Contracapa - texto sobre a importância da BNCC; ● Página de identificação do aluno; ● Página de identificação do livro, contendo unidade temática e objeto do conhecimento selecionado; ● Sumário contendo o nome dos 10 subtemas escolhidos, de acordo com as atividades desenvolvidas; ● O livro deverá ter formato digital e ser postado em formato PDF; ● A utilização de cores e imagens é fundamental na construção de um recurso que se pretende atrativo. ATIVIDADE 6 (ANEXO F) PIM 2022 - Tema Gerador - Base Nacional Comum Curricular Prática Eficaz - Exposição de trabalhos confeccionados por alunos da Rede Municipal de Ensino O projeto sustentare - vivendo em harmonia com o meio ambiente - foi organizado pela SEDUC - Secretaria de Educação de Maringá e desenvolvido na Rede Municipal de Ensino, em todos os CMEIS - Centros Municipais de Educação Infantil. Envolvendo toda a comunidade escolar, inclusive os pais de alunos. O resultado de todo o projeto é apresentado por meio da exposição que traremos para o UniCV - Centro Universitário Cidade Verde. Promover a aproximação dos alunos do curso de Pedagogia com a efetiva prática pedagógica.




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