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Design Thinking para Bibliotecas

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Tínhamos um sonho. Ressignificar uma biblioteca que já não correspondia, em termos de layout, com aquilo a que ela se propunha. Com esta ideia em mente, veio a encomenda: pensar no espaço de forma coletiva e colaborativa. Que método ou abordagem poderíamos usar para que conseguíssemos fazer com que a nossa comunidade, então com 6.000 pessoas, tivesse suas demandas acolhidas?

Partindo desse desafio, começamos a procurar formas de engajamento de nosso público, até que nos aproximamos de uma abordagem, ainda desconhecida por nós, intitulada de design criativo (ou design thinking). Parecia óbvio que era a mais apropriada, porque precisávamos de todo um esforço criativo e coletivo para repensar a nossa estrutura. A partir disso, com a ajuda de um grande mentor, o projeto estava pronto. Foram três meses de muito trabalho, com a participação massiva de alunos, professores e colaboradores. Visitas a ambientes inovadores, muito estudo e leitura sobre a abordagem, além de entendimento de formas de apoiar as diversas manifestações de aprendizagem de nossos alunos.

Prototipagens de espaços, “clusterizações” de feedbacks, entrevistas individuais, questionários virtuais, maratonas de cocriação e o projeto começando a tomar forma... Como entrega dessa parte, um documento bem elaborado e embasado que continha as seguintes informações: definições de espaços, requisitos quanto à infraestrutura e imagens diversas para dar luz ao imaginário do projeto arquitetônico. Tudo isso baseado em uma construção cooperativa.

Todo esse trabalho já rendeu resultados de forma instantânea: o primeiro briefing da arquitetura foi ao encontro daquilo que pensávamos, deram forma aos anseios de nosso público que, até então, não conseguíamos tangibilizar. Alguns esboços do projeto foram rediscutidos, consensos validados e novas rodadas envolvendo os principais stakeholders para dar significado ao projeto fizeram-se necessárias.

Todo um planejamento foi realizado para que tudo ocorresse bem, com análise de logística de transporte de livros e nove semanas para uma grande obra durante as férias de finais de ano com pessoas trabalhando dia e noite.

O grande dia chegou: 26 de fevereiro de 2018, inauguração da nova Biblioteca Telles. Com a cara daquilo a que se propunha e em consonância com aquilo que se entregava. Um grande aprendizado de todo o processo se deu. Não dá para fazer um projeto dessa magnitude sem considerar o outro. Aprendemos que não fizemos por eles ou para eles, mas sim com eles. E isso fez toda a diferença para que mantivéssemos a partir daí uma biblioteca cheia de vida, como eles tanto pediram!

Profa.  Luciana de Paula Arjona é Gerente da Biblioteca Telles no Insper e será palestrante no VII Encontro Nacional de Bibliotecários de IES e Escolares, a ser realizado pela HUMUS no dia 25 de outubro de 2018.

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