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Gestão Financeira em Instituições de Ensino: um desafio

Atualmente, o grande desafio das Instituições de Ensino é oferecer qualidade acadêmica e ao mesmo tempo possuir eficácia financeira. Aliado a outros fatores externos, tal como a grande competitividade, as fusões e aquisições do mercado educacional, altos índices de inadimplência e evasão, é necessário, dessa forma, o conhecimento real da situação financeira, e o papel do Gestor Financeiro capacitado é imprescindível.

Diante desse cenário, qual é, então, a “receita” para uma solução eficiente de Qualidade x Desempenho Financeiro?

Inicialmente, o planejamento estratégico consciente e a vontade dos gestores em conhecer sua realidade interna, e, a partir desse conhecimento criar estratégias que sejam capazes de alcançar metas e objetivos propostos. Para isso, todos os setores envolvidos, sejam administrativos ou acadêmicos, devem estabelecer um planejamento estruturado, com fornecimento de dados relativos ao setor financeiro e a conscientização da necessidade de rever as despesas, optando pelo que de fato oferecerá qualidade no menor custo. Além dos relatórios tradicionais como Balanço, DRE, Fluxo de Caixa, o mais importante para as instituições de ensino são as informações extraídas referentes ao desempenho financeiro de cada curso/turma, o que fornecerá, a todos os envolvidos, informações a serem analisadas e que trarão o diagnóstico e, por conseguinte, a tomada de decisão, os rumos ou formas de atingir os objetivos e que constarão no planejamento estratégico.

Seguem alguns conceitos, que uma vez incorporados e devidamente trabalhados, muito auxiliarão nesse processo:

 

MISSÃO, VISÃO E VALORES

É o ponto de partida. Recurso que estabelece no planejamento de todos os negócios, novos e existentes, permitindo na reflexão do papel do negócio e sobre o futuro que se deseja.

 

FERRAMENTAS DE ANÁLISE/DIAGNÓSTICO

Imprescindível para a avaliação da viabilidade do negócio, permitindo a reflexão e adequações necessárias na competitividade do mercado, reduzindo riscos, aumentando chances de sucesso.

 

PONTO DE EQUILÍBRIO

É um indicador fundamental de segurança, pois demonstra o quanto é necessário de receita para igualar as despesas/custos. Sabendo esse dado, é eliminada a possibilidade de prejuízo do negócio.

 

CENTROS DE CUSTOS

Em qualquer organização, quando falamos em gestão financeira, os centros de custos são de extrema importância, pois é desses que vamos iniciar a separação entre as atividades produtivas (cursos) e as não produtivas (áreas administrativas). Os custos das áreas de apoio ou administrativas devem obedecer a um critério de rateio, a ser definido pela organização e que seja fiel às suas particularidades e conveniências. Sendo assim, é de grande relevância que a instituição possua um sistema de controle de centro de custos estruturado, que demonstre os gastos, principalmente com pessoal e encargos, que são os que mais oneram e, muitas vezes, inviabilizam a rentabilidade.

 

PLANEJAMENTO ESTRATÉGICO

É o documento elaborado que apresenta as orientações voltadas para o desenvolvimento em conjunto, pelos envolvidos, de maneira disciplinada e organizada, que levarão por meio de acompanhamento, controle e reavaliação a um futuro melhor e desejado. Segundo o dicionário Houaiss, “estratégia é a arte de aplicar com eficácia os recursos de que dispõe ou explorar as condições favoráveis de que porventura se desfrute, visando o alcance de determinados objetivos”. Então, o planejamento estratégico nada mais é do que uma consolidação de ideias, que por si só não produzirão resultado, se não forem organizadas e implementadas.

 

CONSIDERAÇÕES FINAIS

Dessa forma, o maior desafio da gestão financeira está relacionado à efetividade prática no alcance dos objetivos traçados, na capacidade da gestão, alinhando a proposta e possíveis adaptações no decorrer do caminho, o controle e monitoramento permanente da sua execução, bem como avaliação e ajustes. A clareza por parte de todos, da visão, missão e valores institucionais, serão pontos fundamentais para que se alcance a estratégia traçada, focando a energia e a atenção da ação na direção desejada.

 

Ari Klajner é Consultor e Gestor Financeiro de empresas e instituições de ensino de renome, e será palestrante na II Jornada de Gestão dos Custos Educacionais.

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