Inteligência artificial generativa pode potencializar a educação
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Educação e Informação

Inteligência artificial generativa pode potencializar a educação

George Stein explica como aprimorar o modelo educacional por meio da tecnologia tomando os devidos cuidados

 

Em 2023, o tema da Inteligência Artificial foi muito comentado na mídia e nas conversas cotidianas. O termo, inclusive, foi considerado a “palavra do ano” no dicionário inglês Collins. George Stein, diretor e fundador da Pedagog.IA, reforça que essa é uma área de tecnologia muito ampla e que o recurso lançado ao grande público em novembro de 2022 foi especificamente a IA generativa.

 

De uma maneira simples, o especialista comenta que este tipo de IA pode ser entendido como programas de computador capazes de:

  • Compreender comandos em linguagem natural (textos escritos ou falados);

  • Consultar e combinar bases de dados enormes na qual foram treinados;

  • Criar elementos de conhecimento em forma de texto, imagens, áudio e filmes.

 

George, que também é Doutor em Educação, acredita ser possível melhorar o sistema educacional com a união entre a inteligência artificial generativa e a inteligência humana. “A velocidade e a versatilidade desta nova tecnologia devem ser integradas de maneira ética, efetiva e significativa ao modelo de escola atual”.

 

Como a IA generativa pode potencializar a educação?

 

Existem três aspectos apontados pelo fundador da Pedagog.IA:

 

  1. Agilizar processos de análise e criação de conhecimento: Especificamente na Educação, as tarefas de preparação de atividades para aulas e tarefas administrativas em escolas podem ser beneficiadas pela velocidade e facilidade que se consegue gerar textos, figuras e outros elementos.

  2. Nova gama de atividades didáticas: É possível interagir com os programas atribuindo-lhes papéis e criando uma enormidade de variações para aumentar o engajamento, melhorar a mediação docente e direcionar tarefas de acordo com as especificidades dos alunos. Por exemplo, pode-se usar o programa como um participante a mais em um trabalho em grupo, como um entrevistado expert em uma área ou como um tutor ou professor assistente.

  3. Transformar o modelo de escola: Esse aspecto é o menos comentado e o menos imediato, porém o mais disruptivo. O modelo da maioria das escolas no mundo parte de uma fonte concentrada de conhecimento explícito na forma de livros, apostilas e, nas últimas décadas, na internet. A jornada de uma criança está organizada em tempos fixos (dias, meses, anos) com sequências de matérias e seus respectivos livros já preparados e ordenados. A IA generativa possibilita um modelo de escola que pode trazer mais significado para os estudantes, além de mudar a organização do tempo e dos materiais escolares e valorizar e ressignificar o papel do professor, dando mais valor às competências de mediação e relações humanas.

 

Cuidados a serem tomados

 

George diz que é importante pensar em educar com os três pilares “sobre, com e para” a inteligência artificial:

 

Educar SOBRE a IA generativa, de acordo com ele, é ensinar seus conceitos, funcionamentos, benefícios, limitações e riscos. “Estudantes e docentes precisam conhecer e saber como usá-la de maneira ética, significativa e efetiva a favor da aprendizagem”.

 

Educar COM a inteligência artificial generativa é usar a própria tecnologia no processo de aprendizado. “Proporcionar atividades, exercícios e avaliações onde ela seja um recurso integrado à proposta do curso”. 

 

Educar PARA a IA generativa é reconhecer que a realidade externa à escola estará continuamente em evolução. Os alunos não somente devem conseguir usar essas tecnologias nas atividades futuras, mas também devem ser protagonistas do próprio estudo ao longo da vida com elas.

 

Existe uma revolução em andamento no setor educacional?

 

O especialista acredita que é prematuro falar em revolução no setor educacional. “Por enquanto, o que está acontecendo é um movimento conjunto que mistura inércia, curiosidade, iniciativa, precaução e atitude empreendedora quanto à adoção desta nova tecnologia”. Ele observa uma grande estagnação por parte de algumas redes de ensino públicas e privadas devido ao desconhecimento, falta de recursos ou prioridade de outros desafios. Mesmo assim, empresas emergentes que atuam com tecnologia no setor educacional (as Edtechs) já começaram a empreender na área.

 

O doutor também diz que as escolas, já cientes do potencial impacto da inteligência artificial generativa no setor, tiveram a curiosidade despertada e começaram a agir por meio de:

 

  • Esforços intencionais de estudo e aprofundamento no tema;

  • Diálogos e formações iniciais com professores;

  • Comunicação e direcionamento para as famílias.

 

Algumas redes e escolas, ainda, adotaram uma atitude de precaução em 2023: fizeram algum esforço de conhecimento e atualização no tema, mas não direcionaram quaisquer ações subsequentes ou planejamento para tal. “Aqui, vale ressaltar que por se tratar de uma tecnologia de acesso público, disponível na internet, muitos professores e alunos começaram a fazer uso mesmo sem um direcionamento institucional”, diz o especialista.

 

“Não descarto o potencial da inteligência artificial generativa para revolucionar o setor educacional”, afirma George, que propõe princípios de uma Pedagogia de Prompt para direcionar uma integração desta tecnologia que priorize a aprendizagem. “Creio que isto acontecerá quando for integrada às soluções dos desafios de aprendizagem em um novo modelo de escola e ofertas educacionais. Porém, ainda não é possível visualizar este momento nos próximos anos”.

 



George Stein falará sobre o tema “Inteligência aumentada para aprendizagem: usando IA para potencializar a educação” no GEduc 2024. 

 





O GEduc é o maior Congresso de Gestão Educacional do país. Realizado pela HUMUS, empresa que desenvolve capacitações para gestores de universidades e escolas, o evento reunirá mais de 60 palestrantes e conteúdos inovadores para discutir o tema “Educação por essência: construindo trajetórias”. Serão três dias – de 03 a 05/04 – de imersão às novidades e tendências da área educacional. As inscrições estão abertas e podem ser feitas pelo link.


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